Trinta e três anos depois, a memória de Cabral jaz, entre tábuas apodrecidas, na parada do Forte da Amura, em Bissau. Para vergonha dos guineenses...
Trinta e três anos depois, o mausoléu de Amílcar permanece na sombra das grandes acácias. Porque as velhíssimas acácias permanecem de pé. E teimam em ser generosas.
Trinta e três anos depois, o carinho dos guineenses pelo pai da nacionalidade esvai-se na ferrugem que consome o velho VW que pertenceu a Amílcar (em Conackry) e que está abandonado, também, num canto do Forte da Amura.
As fotos foram tiradas por mim, em 2004. A memória de Amílcar espelha o que o país hoje é: uma ruína.
2 comentários:
Não se pode deixar de reconher as verdades contindas nessa notícia. Amilcal Cabral merecia um reconhecimento melhor por parte dos dirigentes actuais da Guiné Bissau e quiça, do seu povo. Um povo sem memórias, perde a sua história e esvasia a sua alma, enquanto nação.
Nem quero com isto pensar que tal até poderá significar que os actuais dirigentes da Guiné, afinal, nem se importaram muito com o desaparecimento de Cabral. Afinal, segundo parece, Cabral até estaria disposto a aceitar as tréguas propostas por Spínola...
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