Prefiro um candidato a Presidente da República assumidamente apoiado por um ou mais partidos políticos, que um que pretenda fazer crer não ter esses apoios.
Os candidatos da esquerda não negam as suas origens. O velho Soares não as renega. É republicano, maçon, socialista, laico, democrata. É bon vivant, improvisador, animal político. É arrogante, mandão. Mas não finge.
Cavaco, que também já não é nenhum menino, finge que o PSD e o CDS apenas rezam pela sua vitória e que não puseram as máquinas partidárias a colar cartazes, a angariar assinaturas e a arrecadar financiamentos. Cavaco é o candidato que mais dinheiro gasta nesta campanha. Quase 4 milhões de euros, segundo o orçamento oficial. E esse dinheiro, de onde vem? De contribuições individuais, diz o candidato. Mas quem são esses contribuintes? Acredito que muitos sejam populares empolgados por qualquer coisa mas, por certo, não faltarão lá os empresários e banqueiros cujos contributos apenas se fazem em nome dos interesses das corporações ou dos negócios que representam.
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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quarta-feira, janeiro 04, 2006
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Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
3 comentários:
Era curioso saber quanto gastam as grandes corporações económicas em influência política nos diversos países. Davam uma boa medida das nossas «democracias».
e não é propriamente por gostarem dele...é o que se pode arranjar!
Isto é verdade, mas Soares não tem sabido enfrentar este adversário, porque não percebeu que não falam o mesmo código. Que tem de aprender a jogar um outro jogo político, muito pouco saudável, o de o "fazer pela calada". Não sei se vale a pena descer aí, mas sei que, em Portugal, quem cala, vence. Infelizmente.
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