Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Chegou o Carnaval

A acreditar no 24 Horas e no Correio da Manhã, a Manuela Moura Guedes abriu uma guerra de alecrim e manjerona com o José Alberto Carvalho. Basicamente, chama-lhe cinzentão, o que não traz mal ao Mundo. As diferenças entre os dois são notórias: ela é desbocada, desabrida e opinativa, com ímpetos de líder, ele é tímido, sóbrio, sonso e é acusado de não saber decidir.
Esta rivalidade não vale o papel e a tinta gastos na impressão dos jornais… mas trouxe-me à memória uma história recente. Foi no Verão de 2004, na noite em que ardeu o Convento do Beato. A TSF é ali mesmo ao lado, assim que foi dado o alarme nos bombeiros já eu lá estava. Passado um bocado, aparecem o Moniz e a Manuela… estranho, não? É que estavam a jantar ali perto, ouviram a notícia e foram ver… Moniz cumprimentou-me educadamente, eu e ela fizemos uma festa maior! Trabalhámos juntos vários anos, no Jornal das 9 do Canal 2. Demo-nos bem, nesse tempo. Penso que tinha algum jeito para escrever para ela. Escrevi-lhe muitos pivots, notícias que ela lia na apresentação do jornal. Chegámos a ser amigos, mesmo, acho eu. Houve uma passagem de ano em casa dela, numa altura em que o namoro dela com o Moniz ainda não estava oficializado… depois, nunca mais nos tínhamos encontrado. Eu na SIC, ela na RTP e, mais tarde, na TVI… e 12 anos depois, ali estávamos, a rir juntos, de novo. Como tinha de trabalhar, a rádio obriga a directos de meia em meia hora, pedi-lhe o número de telefone, para continuarmos a conversa, mais tarde, noutro sítio. Vi o olhar dela desviar-se, vi (pelo canto do olho) o Moniz a abanar a cabeça… e ela a dizer-me “ah… não! Deixa lá… ando sempre a mudar de número. Telefona para o geral da TVI!”

5 comentários:

Anónimo disse...

cada vez mais acredito que nos bastidores do Espaço Mediático reina uma podridão de interesses. É isso que se passa.

Isabela Figueiredo disse...

Não tenho má opinião do José Alberto, já a Manuela, ó senhores, é uma peixeira televisiva como nunca vi. Eu continuo a achar que um jornalista que não é um opinon maker, um cronista, não deve ser opinativo ou tem de ter muito cuidado com isso. Que seja desbocada e desabrida, isso é lá com ela e mais o Moniz e os que a aturam (que não deve ser fácil!), agora no momento das notícias... Já a Fátima Campos Ferreira também toma partidos, e isso irrita-me terrivelmente.
O que queres dizer com "tinhas algum jeito para escrever para ela". O pivot pode escolher o seu redactor? Intervém como?
Acho que não perdeste nada. Aquele empertigado! E a Manuela! Estão muito bem um para o outro. Só espero que ela lhe dê muita porrada (qu
Bolas, que má-língua; mas a culpa é tua!

CN disse...

Isabela, eu conseguia escrever para o modo dela dizer as notícias. Quando lês um texto, muitas vezes tens vontade de trocar vírgulas, dividir periodos, mudar alguma coisa (continuando a dizer o que interessa, claro). Eu sabia como escrever ao jeito do dizer dela... e um pivot não tem um escriba de serviço, não. O que acontecia era uma "prestação de serviço" ao nível da camaradagem, só isso.

Isabela Figueiredo disse...

Ah, pausas para respiração! Bem me pareceu que havia aqui uma questão de respiração! :D

CN disse...

não, Isabela. nada disso. apenas camaradagem. mas agora, já não interessa nada. acho que a muito boa gente também lhes passou isso pela cabeça. mal intencionados...

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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