Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











sexta-feira, março 31, 2006

Angola, 1986...

Quando escrevo de memória, sem rede, isto é, sem recurso a anotações, corro o risco de escrever asneiras. E há coisas que já se passaram há tanto tempo que esse risco é quase uma certeza...
Li agora, no Africandar, uma correcção a um dos meus posts. Escreve o Leston: "Uma vez que foram "os meus" Bosquímanes a suscitar esta recordção ao CN, é bom esclarecer que aquele grupo de homens semi-nus não eram Bosquímanes. Só podiam ser Mucubais. Já agora, a propósito do texto do "Escrita em Dia", recordo aqui este povo, guerreiro e pastor , que mantém a respeito do seu "território" um sentimento de pertença muito acentuado. Daí a minha conclusão, relativamente ao grupo que travou o CN e a sua escolta militar." Confesso que sempre tive dúvidas sobre quem seriam eles, de facto. Lembro-me que falavam um estranhíssimo dialecto com sons de estalido de língua no céu da boca. Eram magros, esfíngicos. Lembro-me de ter ficado fascinado com as facas de osso que usavam na cintura, presa na tanga de pele com que se tapavam. Tinham umas lanças altas, com ponta feita de osso, também. Mas, mucubais ou bosquímanos, o que me interessou realçar nesse texto foi a distância enorme que existia entre eles e os soldados do exército angolano e, por contraste, a proximidade em relação ao branco que também falava com estalidos.

1 comentário:

CN disse...

acho que era um comício... ;-)

AddThis

Bookmark and Share

Arquivo do blogue





Acerca de mim

A minha foto
Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

Seguidores