Foi com Muzungo que atravessámos o Uére, com as motas na canoa num equilíbrio instável.Dormimos em casa de Muzungo, comemos à sua mesa. Mas foi com a sua salga de peixe que Muzungo mais me surpreendeu... quando mostrou o "cabalao", assim se chama o peixe tigre seco, numa surpreendente semelhança linguística com o bacalhau dos portugueses.
O peixe-tigre é um carnívoro enorme que vive na bacia hidrográfica dos Grandes Lagos, um peixe com uns dentes enormes e que chega a medir, da cauda à boca, mais de 3 metros...Assim, conheci tudo o que resta de uma numerosa comunidade grega que, em tempos, por ali viveu. Niko, o velho que se esqueceu de ir embora… Tolly, que ficou para guardar o património deixado pelo pai… e Vasilios, o muzungo, porque preferiu ser um homem importante na sua comunidade que um estrangeiro na terra do pai.
Mas o destino não era aquela aldeia. Havia ainda muitos quilómetros para trilhar…

3 comentários:
Vim aqui agradecer a simpática visita e deparo-me com um blog muito intenso, profundo, digamos que até profissional. Gostei.
Terei que passar aqui mais tempo.
Cumprimentos.
gosto do que leio....viajo tb... descubro...aprendo......gosto disso
para não te perder....linkei-te
jocas maradas de mar
"O maior sinal de inteligência é a capacidade de adaptação" . :) Frase que se aplica. :)
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