No dia 3 relatei uma conversa que tinha acabado de ter com a farmacêutica aqui do bairro. Na altura fiquei com a sensação de que a senhora não estava nem a exagerar nem a inventar um facto. Mas não vi nada nos jornais, não ouvi nada na rádio nem vi na televisão. Deixei de pensar no assunto, até hoje, ao ler isto num take da Lusa: “Cem mil portugueses estão classificados como "fundamentais para o país", dado os cargos que ocupam, e por isso irão receber anti-virais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves, anunciou a sub-Directora Geral da Saúde. Graça Freitas falava numa sessão sobre os cenários pandémicos da gripe, durante a qual anunciou que a Direcção-Geral da Saúde realizou um levantamento sobre os trabalhadores que são considerados prioritários para o país. Trata-se de profissionais de saúde, responsáveis que trabalham em sectores como o fornecimento de electricidade, água, gás ou alimentos e ainda outros como as forças de segurança, especificou Graça Freitas. Estes portugueses constam de um esquema profilático prolongado que consiste na toma durante seis semanas do anti-viral considerado mais eficaz para combater a gripe humana provocada pelo vírus H5N1 (Oseltamivir). Este medicamento ainda não está em Portugal, pois está incluído na reserva estratégica que assegurará a administração de Oseltamivir a 25 por cento da população (mais os cem mil portugueses prioritários) e que deverá chegar ao país no segundo semestre deste ano”. Portanto, é verdade. Temos os fundamentais e os outros…
Quero dizer que, para mim, os fundamentais deste país são os meus filhos. E podem crer que tudo farei para os proteger. Qualquer coisa...
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
Hakuna mkate kwa freaks.
sexta-feira, março 10, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2006
(386)
-
▼
março
(60)
- É muito feio, ser-se invejoso
- Guiné Bissau, a guerra civil - passar a fronteira
- Angola, 1986...
- Israel, 1989 - na primeira Intifada - a rua Ben Ye...
- Guiné Bissau, a guerra civil - na fronteira senega...
- Israel, 1989 - na primeira Intifada - o embarque
- O cabeleireiro de Kabul
- Guiné Bissau, a guerra civil - o inquérito
- Combates na Guiné Bissau (6)
- Guiné Bissau, a guerra civil - os primeiros tiros
- Combates na Guiné Bissau (5)
- Angola, 1986 - uma questão de soberania
- O Reptilário (3)
- Congo, 2001 - A Expedição, o fim
- Provedores
- Congo, 2001 - A Expedição, Nganga
- Combates na Guiné Bissau (4)
- Congo, 2001 - A Expedição, os gregos
- Combates na Guiné Bissau (3)
- Congo, 2001 - A Expedição, de mota
- Combates na Guiné Bissau (2)
- Congo, 2001 - A Expedição, mais testemunhos
- Os pesos e as medidas
- Congo, 2001 - A Expedição, testemunhos
- Combates na Guiné Bissau
- O Poder da Arte (15 e último)
- O Poder da Arte (14)
- Guiné Bissau, a guerra de 89 (5)
- Congo, 2001 - A Expedição, a escola
- O Poder da Arte (13)
- Guiné Bissau, a guerra de 89 (4)
- O Poder da Arte (12)
- Congo, 2001 - A Expedição, os pequenos monstros
- Guiné Bissau, a guerra de 89 (3)
- Congo, 2001 - A Expedição, água
- O Poder da Arte (11)
- Os fundamentais
- O pontapé na lata
- O Poder da Arte (10)
- Pedreira dos Húngaros (3)
- O Poder da Arte (9)
- Pedreira dos Húngaros (2)
- O Poder da Arte (8)
- Guiné Bissau, a guerra de 89 (2)
- O Poder da Arte (7)
- O Poder da Arte (6)
- Congo, 2001 - A Expedição, caçar para comer
- Guiné Bissau, a guerra de 89 (1)
- O Poder da Arte (5)
- Congo, 2001 - A Expedição, a floresta Makulungo
- Contágios
- Tamiflu
- O Poder da Arte (4)
- Congo, 2000 - Gbadolite
- O Poder da Arte (3)
- Congo 2001 - A Expedição, palmilhar a floresta
- Comentário ao comentário
- Ashes and snow, fotografar sonhos
- O Poder da Arte (2)
- Kosovo, 2001 - Bondsteel
-
▼
março
(60)
Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
5 comentários:
Sem dúvida alguma. Esses tens de proteger. Compras a vacina em Espanha, de certeza. Vou perguntar a uma amiga minha se lá as farmácias estão a vender livremente.
Alguém viu o Independence Day e achou divertido!!
Boa noite.
O que eu acho incrível é que tão poucos sejam fundamentiais: estou a lembrar-me de educadores de infância, professores, juízes, crianças e adolescentes... Enfim, é difícil decidir quem é e não é fundamental para o país. Os jonalistas não, claro, que esses até podem morrer todos a cacarejar que só atrapalham, os cabrões.
A sério. Carlos, tens de ir a Espanha comprar isso para a tua menina e menino, ou mandar vir.
Também me passou ao lado...
very strange in deed. é que ouço rádio, leio jornais e consulto a Lusa.
Já comentei esta notícia noutro lugar.
Acho isso arrepiante, lamentável e quase apelativo à construção de um novo mundo por parte de quem se lembrou de designar uma lista... Rio-me porque chorar não vale a pena. Mas, se a hora chegasse, o que valia mesmo a pena, era lutar!
Enviar um comentário