O abade Diamacoune está a tentar mediar o conflito entre a Guiné-Bissau e os rebeldes senegaleses de Casamança. Este padre católico (excomungado pelo Vaticano) é o chefe espiritual da resistência de Casamança, mas hoje lidera a facção que está disposta a negociar uma solução política com o governo senegalês.
A voz de Diamacoune Senghor ouviu-se hoje em Bissau, na antena da Rádio Nacional. A gravação foi feita há dois dias. O abade trata guineenses e casamancenses como “irmãos” e pede o fim das hostilidades, de modo a evitar o sacrifício inútil das populações. Diz-me a experiência que ninguém o ouviu...Hoje soube-se, ainda, que o exército guineense conta com a colaboração activa de uma das facções da resistência de Casamança. Trata-se do grupo liderado por César Badiate, que disputa a liderança da resistência com Salif Sadio, o homem que está a ser acossado, agora, pelas tropas guineenses.
Salif Sadio é um dos mais radicais senhores da guerra de Casamança e considerado, em Dakar, como um obstáculo a um compromisso político.
Estes desenvolvimentos evidenciam que existe, claramente, toda a conivência entre as acções do exército guineense e o governo do Senegal. Evidenciam o costumeiro ciclo de traições entre chefes políticos africanos...
No terreno, continuam os combates.
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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sábado, março 25, 2006
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Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
2 comentários:
gosto deste blog, pois nele leio, aprendo, viajo....
jocas maradas
o costumeiro ciclo de traições entre chefes políticos africanos...
Só africanos?
Aparte isso, vou viajando de boleia virtual
um abraço
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