Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











domingo, março 19, 2006

Congo, 2001 - A Expedição, mais testemunhos

Na pequena cidade de Eeklo, na Bélgica, há outro testemunho da existência de um animal estranhamente grande nas florestas do Norte do Congo. Paul van Keerkevoorde viveu muitos anos naquela região.Era proprietário de uma roça de café e matava os tempos livres a caçar animais selvagens... ainda hoje, quando fala desses anos, parece sentir os cheiros e os sons daqueles dias de grande excitação... O senhor Paul van Keerkevoorde já ultrapassou bastante os 70 anos, vive com um pace-maker, mas tem excelente memória. Relatou-mos uma célebre caçada em que avistou, nas margens do Rio Tubu, um grupo de grandes símios, em relação aos quais os seus batedores indígenas demonstraram ter medo. Paul matou um. E garante que era um animal com 1 metro de 80 de porte. Ora, não há chimpanzés desse tamanho…
Até em Lisboa, encontrei um testemunho que corrobora os depoimentos sobre a existência de gorilas nesta vasta floresta tropical.A dona Maria Alice viveu em Bondo, uma aldeia conhecida por albergar uma grande missão católica a poucas dezenas de quilómetros de distância de Bili. Durante anos, Maria Alice acompanhou o marido nas viagens pelo mato, para comprar a produção de amendoim das populações locais. Maria Alice e o marido exportavam esse amendoim e exploravam uma casa comercial onde se vendia de tudo um pouco. O filho de Maria Alice foi o primeiro descendente de portugueses a nascer na região. 50 anos depois, as memórias da Dona Maria Alice continuam frescas e precisas. Esta senhora lembra-se bem desses anos de aventura. Lembra-se dos vizinhos, das amigas, dos empregados que teve... recordações que, ainda hoje, lhe causam saudade. Acontece que esta senhora lembra-se de ver gorilas por ali. Lembra-se mesmo muito bem do momento em que o marido teve de travar a fundo na picada, porque um imenso símio estava no meio do caminho, urrava e batia com as mãos no peito. A dona Maria Alice até se lembra que o marido, com o nervosismo, rasgou os calções ao sair da cabine da camioneta e que tremia tanto que não foi capaz de disparar contra o animal. Lembra-se de que os trabalhadores que seguiam na caixa da camioneta gritavam que nem uns desalmados, aterrorizados com a cena… ao olhar, hoje, para fotografias de chimpanzés e de gorilas, a dona Maria Alice não tem a mínima dúvida em identificar o animal que se lhes atravessou à frente: era um gorila.Mas, 50 anos passados, onde estariam eles? Ter-se-iam extinguido? Viveriam ocultos na floresta densa?

7 comentários:

CS disse...

Subiram ao limbo.
Estão melhor que nós...

isabel mendes ferreira disse...

obrigado. pela "exposição."....

beijo.

O Micróbio II disse...

Obrigado pela visita lá pelo Micróbio... e pelo que vi por aqui vou voltar de certeza. Para já "linkei-te"...

Menina Marota disse...

Espero que eles estejam bem longe do olhar cobiçoso do homem e, que vivam em paz e harmonia entre os seus pares...

Grata pela partilha deste texto, que recorda um animal nobre.

Um abraço ;)

Isabela Figueiredo disse...

Sim, eu também quero saber a resposta à perguntas. Tudo às mijinhas, estilo folhetim... Onde está o livrinho amarelo?

CN disse...

amarelo?...

Isabela Figueiredo disse...

Das reclamações. Era amarelo. Para reclamar das fotos! (calma, não tem nenhuma outra simbologia, neste caso)

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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