
Esta cabine telefónica é uma peça de José de Guimarães. A mensagem está nas calças penduradas no interior, ou melhor, está representada nas letras pintadas nas calças. Alô? Alô?... ninguém responde...
George Schaller
Tom Butinski, biólogo norte-americano, investigador patrocinado pelo Jardim Zoológico de Nova Iorque. É considerado um dos grandes peritos mundiais em primatas e pássaros.Tom Butinski
Esteban Sarmiento nasceu na Argentina mas tem a nacionalidade norte-americana. Trabalha no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque. Vive rodeado de peles, caveiras e ossos de animais selvagens. Consegue reconhecer qualquer animal a partir do osso mais insignificante ou de um mero tufo de pêlos. Boa parte do sucesso da expedição poderia passar por ele, se os vestígios encontrados fossem suficientes para definir o animal que os deixou.
Esteban Sarmiento
Jonas Eriksson era ainda um jovem estudante de mestrado no famoso Instituto Max Planck, em Leipzig, na Alemanha. Passará por ele o futuro das investigações que a expedição estava, então, apenas a iniciar. Jonas é sueco, mas cresceu no Congo e fala lingala, um dos idiomas nacionais deste país, pelo que consegue comunicar e interagir com grande facilidade com a população local.
Jonas Eriksson
Christophe Boesch é suíço e um dos principais investigadores do maior instituto de investigação científica da Alemanha, o Instituto Max Planck, onde se estuda a evolução animal. Christophe Boesch
Richard Wrangham é um biólogo inglês, especialista em comportamento de primatas, professor na célebre Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Richard Wrangham
Estes cientistas caminharam muitas centenas de quilómetros, ao longo de mês e meio. Penetraram fundo na floresta tropical do Makulungo, tal como a baptizaram os Azande. Seguiram trilhos de animais selvagens, estudaram os vestígios que deixavam: pegadas, restos de comida, fezes, locais de pernoita. Vasculharam nas lixeiras das aldeias, para verem do que se alimentavam as populações humanas. Se o gorila existisse, algum sinal haveria de deixar. foto de Rogério Ferrari
Dois anos depois, a RTP enviou-me para Israel para fazer um documentário a propósito do 2ºaniversário da Intifada. Fui com o Carlos Aranha. Chegámos no início de Novembro. Nos primeiros dois dias não fizemos nada, isto é, tivemos que nos credenciar junto do Ministério da Informação, em Jerusalém. Tivemos de reunir com um tipo da Segurança do Estado, que tentou perceber se éramos simpatizantes da sua causa se da causa do inimigo e fomos obrigados a assinar um documento em que nos comprometíamos a deixar visionar todas as gravações efectuadas e em que tomávamos conhecimento da possibilidade das autoridades militares censurarem imagens e entrevistas que tivéssemos feito. Dissemos que sim a tudo, para evitar problemas antes do trabalho começar. Mas se a reportagem corresse como previsto, então… iria ser necessário esconder muita coisa…
foto de Carlos Narciso
Historicamente, o Kosovo é o berço da nacionalidade sérvia… ao longo dos séculos, muitos sérvios, milhões deles, deram a vida por essa causa. Os Balcãs sempre foram campo de batalha… aquilo é uma espécie de fronteira entre o Oriente e o Ocidente. Entre o islamismo e o cristianismo.
Parece-me que boa parte da comunidade internacional está disposta a deixar o Kosovo ser livre. Será mais um estado islâmico dentro da Europa. Os americanos já lá têm a base de Camp Bondsteel… onde, segundo consta, funcionará uma das prisões secretas que servem a estratégia dos EUA no combate ao terrorismo.
Seja como for, o Kosovo pode ser uma porta para o Ocidente influenciar a outra parte do Mundo. Mas, por onde se sai, também se entra…
foto de Mário Martins
A polícia tinha medo de lá entrar. Nunca um carro patrulha se aventurou pela Pedreira dos Húngaros adentro. Só lá entravam em expedições punitivas, em grande número e armados de G-3. Pareciam cenas de guerra, as actuações policiais na Pedreira…
Por entre o emaranhado de barracas havia passagens secretas e dissimuladas. Túneis de fuga, caminhos labirínticos, paredes falsas, caves escondidas. Não era fácil apanhá-los. Também por isso, aquele rede foi lá posta, cercando o bairro e cortando os caminhos de fuga aos cercos policiais.
Na Pedreira dos Húngaros só moravam dois brancos. Dois padres holandeses que, um dia, na década de 60, tinham passado por Lisboa a caminho de uma das colónias portuguesas em África, onde pretendiam missionar. Salazar cortou-lhes o caminho, foram proibidos de embarcar. Acabaram por encontrar África aqui mesmo, entre Algés e Carnaxide. Um deles chamava-se Scheepens, do nome do outro já não me recordo…
foto de Frederico Colarejo
Foi neste cenário que fiz uma das mais entusiasmantes reportagens da minha carreira.
Foi um trabalho feito a quatro mãos, juntamente com o genial Mário Lindolfo.
Estávamos em 1984…
A intifada com peluches... de Cristobal Reinoso, da Argentina.
Ariel Sharon prepara-se para comer a pomba da paz... de Wu Jian Jun, da China.
Há mais uns quantos, mas quem quiser poderá visitar o site do festival. O que interessa falar é da extraordinária eficácia do cartoon político, mordaz e satírico. Um cartoon bem esgalhado, vale mais que mil discursos.